Cidade histórica poderá ser a primeira de Pernambuco a estar conectada por uma rede de internet pública sem fio.
Thiago Marinho
DA EQUIPE DO DIARIO
Olinda poderá ser a primeira cidade pernambucana a estar conectada por uma internet pública sem fio.
O objetivo é oferecer, até o início do próximo ano, novas possibilidades de conectividade e de negócios para a administração municipal e para as empresas de tecnologia da região.
Imagine, por exemplo, poder realizar um passeio no Sítio Histórico enquanto acompanha, em pequenos equipamentos portáteis, detalhes sobre cada lugar.
Ou andar pelas ladeiras vendo vídeos e fotos do carnaval enquanto tenta encontrar artistas locais em um mapa virtual.
A rede sem fio é uma das metas estruturais do Olinda Digital - novo pólo de tecnologia lançado na última sexta-feira e que pretende atrair empresas de tecnologia da informação para a região (criando o que podemos chamar de um Porto Digital olindense).
Como chamariz inicial, a iniciativa conta com o Centro de Inovação Tecnológica da Microsoft, que também abriu suas portas na última sexta-feira e foi viabilizado por uma parceria firmada entre a Microsoft Brasil, a Allen Informática e a Prefeitura de Olinda.
Na prática, o Olinda Digital chega para fomentar o uso de novas tecnologias e movimentar, através de uma lei de incentivo municipal (aprovada em dezembro do ano passado), a indústria de software da região, que hoje é formada por 87 empresas.
Apesar de novo, porém, o projeto já nasce com uma grande vantagem: o fato de ser auto-sustentável.
"Olinda não suporta atividades econômicas de base (como indústrias) e, por isso, sabemos que temos que focar no comércio e no serviço - onde a tecnologia pode ser um grande diferencial. Assim, esse primeiro esforço é o mais significativo. E a partir de agora esperamos conseguir desenvolver diversos outros programas", anima-se a prefeita da cidade, Luciana Santos.
Inclusão - Embarcada no Olinda Digital, a criação da rede mista WiMesh faz parte do projeto Olinda Conectividade e será feita pela Cisco (uma gigante do setor).
Com isso, o intuito é criar uma teia de comunicação e levar internet de qualidade para as principais áreas da cidade. Incluindo não apenas a parte histórica e turística, como também os bairros mais periféricos (V8, V9 e Ilha do Maruim, que são a atual prioridade nas ações de inclusão social do município) - beneficiando também os moradores.
"Pelo menos quatro secretarias olindenses já mantinham projetos de redes de internet sem fio. Mas elas esbarravam em diversos problemas, como a falta de recursos.
O nosso trabalho, então, foi reunir e organizar essas propostas, com a ajuda da própria prefeitura, para criarmos uma única - realmente viável e eficiente", explica a idealizadora do projeto Olinda Digital e presidente da Associação das Empresas de Base Tecnológica de Pernambuco (AEBT-PE), Izabel Grizzi.
Segundo ela, cerca de 14 ONGs estão interessadas em bancar o projeto, que ainda não teve seu custo revelado.
thiago.marinho@dpnet.com.br
http://www.pernambuco.com/diario/2007/09/19/info1_0.asp
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