Carlinhos Santos - José Carlos Santos (Recife, 15/5/1955)
“Cheguei em Olinda para desfilar em Pitombeira e depois em Elefante. Em 1975, ganhei o primeiro lugar no Bal Masqué com uma fantasia linda, era um pássaro negro.”
“Fui entrando no mundo do carnaval de Olinda e na preparação das agremiações para a festa. Foi quando Cariri pediu um estandarte. Depois fiz pra Burra do Rosário, Maracatu Estrela Brilhante, inclusive este estandarte foi para Europa, para Alemanha. Para Ceroula fiz dois estandartes, Dez de Charque e uma Latinha e o Bagaço é Meu.”
Carlinhos Santos conta que trabalha quase o ano inteiro na confecção de estandarte e que o serviço aumenta nos últimos três meses antes da festa.
“Normalmente, para se concluir um trabalho de confecção de um estandarte é de oito dias seguidos, mas, nos corre-corre do carnaval já fiz em dois dias. São muitos detalhes: veludo, algodãozinho, acrilon, emborrachado, pedras, franjas, soutache...”
“Também costuro, faço máscaras. Posso dizer que trabalho o ano inteiro em função do carnaval.”
Na sua casa e ateliê no Amparo, o movimento é intenso:
“Trabalho muito. Isso foi a necessidade, a lei da sobrevivência, mas gosto de fazer bem feito, como fiz o estandarte do “Cheguei Agora” de Brequinho. É um trabalho que faço com carinho.”
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