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O DEFENESTRADO 08/10/2007 18:31

Nos bastidores do partidão em Olinda, o que não falta são ciúmes e suspeitas de traição

No processo em que foi defenestrado do PC do B em Olinda, o vereador Cláudio Xavier, declara-se perseguido e depois insinua que foi traído pelo deputado Luciano Moura, ao relatar um episódio da campanha de 2006.

A perseguição teria ocorrido em 2006, depois que ele perdeu a disputa do comando da casa para o também comunista João Dindo. “A postura adotada pelo presidente da casa, no biênio 2005 e 2006 (João Dindo), depois da disputa pela presidência da casa, acirrou-se, passando a tentar manter-me no isolamento e excluindo da participação em comissões importantes”, reclama.

Com a briga entre os dois, a Câmara de Olinda chegou dividida na eleição para 2007/2008. Neste episódio, formou-se uma divisão. Sete vereadores ficaram a favor de João Dindo. Outros sete vereadores contra, situação desequilibrada pelo voto de dois oposicionistas (Bebeto e Mauro Fonseca).

No dia da eleição, em outubro de 2006, Marcelino Granja ainda chegou a ligar para o vereador Severino Barbosa, o Biai, indicando-o como o candidato do partido, mas nem ele mesmo votou no próprio nome, conforme informa no processo, porque não poderia quebrar o acordo que havia fechado com Xavier e outros vereadores. o objetivo da manobra era vencer no tapetão. Caso desse empate, como Biai teve mais votos, venceria André Avelar, que acabou ganhando. “Não entendi porque tive mais votos e não fui indicado”, reclama Xavier, revelando a frustração com o partido.

No processo, Cláudio Xavier revela o que seria uma suposta traição de Luciano Moura, nas negociações para a mesa da Câmara Municipal de Olinda. “O vereador Conga Arruda (PC do B), ao ligar para o vereador Marcelo Soares (do PDT) acionou o viva voz, permitindo que eu acompanhasse a conversa. Eu havia feito o pedido para antecipar a eleição de outubro para setembro. Feito o pedido pelo vereador Conga Arruda, o vereador Marcelo Soares responde que o candidato Luciano Moura (PC do B) não gostaria que a eleição da mesa diretora fosse antecipada para antes da eleição estadual. Isto porque, segundo ele, a realização da eleição para a mesa da Câmara poderia indispor se com Biai e a mim próprio, já que ele, Luciano Moura, estava apoiando, para a presidência da Câmara, o vereador Marcelo Soares. Ele estava preocupado porque isto poderia prejudicar sua campanha para deputado”.

No mesmo processo, é dito que Luciano negou que tivesse dito qualquer coisa desta natureza.

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