terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Biblioteca Pública Municipal de Olinda

Só promessa

Por três vezes, a centenária Biblioteca Pública Municipal de Olinda esteve próxima de escapar, ao menos momentaneamente, dos maus-tratos a que vive submetida pela passagem do tempo. Fechou as portas em abril sob promessas de reabrir de cara nova, mas, em setembro, apareceu novamente vestida de Gata Borralheira.

A secretária de Educação, Leocádia da Hora, reconhece que tanto o prédio quanto a infra-estrutura carecem de reforço, mas não sabe dizer exatamente quando a empresa contratada, a Eone, enxergará alguma prioridade na obra.

A secretária acha um enfado e uma complicação sem tamanho lidar com esse tipo de assunto e quer entregar o nó da parte de engenharia à Secretaria de Governo, porque não se vê com conhecimento suficiente para exigir um posicionamento da empresa sobre o cronograma de execução das obras.

Enquanto os reparos se arrastam e um grande projeto estruturador (via Minc) não sai do papel, na Secretaria de Cultura, os usuários vão convivendo com todo tipo de deficiência, desde bebedouros a falta de equipamentos de informática e mobiliário.

Diz a secretária que todos têm "o maior orgulho do acervo", considerado um dos maiores do estado, mas mesmo expositor para livros com protetor de vidro é requinte na casa.

Até agora, a diretora, Eliana Régis, só conta com a compreensão dos freqüentadores e com a promessa da secretaria, feita no aniversário de 177 anos, em 7 de dezembro, de que dias melhores para o imóvel virão, em 2008.

É muito pouco para o tamanho da urgência: Olinda, como todos os municípios da RM, lê pouco e pode enxergar no atraso das obras bom motivo para continuar distante do hábito mais saudável (e necessário) de que se tem notícia.

http://www.pernambuco.com/diario/2007/12/18/urbana2_0.asp

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