quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Comunidade do Varadouro enfrenta problemas com muito frevo no pé

No bairro do Varadouro, em Olinda, há muriçocas e ruas alagadas quando chove. Mas há também muito frevo na sede do clube Vassourinhas. Crianças e adultos enfrentam a vida com a dança no pé e força de vontade.

Dona Aldair Araújo dos Santos é de uma família de baixa renda. “Meu marido não tem emprego, vive fazendo bicos de pedreiro. Eu moro em uma casa pequena. Para dormir eu tenho que co.locar a mesa para fora de casa. Dormimos eu, meu marido e meus três filhos em dois colchões”, diz.

Mas a situação difícil não abate Dona Adair. “Sou rica da graça de Deus. Meus filhos e marido têm saúde. A gente luta para viver”, afirma. Mas o segredo dela, além da fé, é a dança. “Quando estou com raiva, vou para o frevo e me sinto mais leve e calma. Por mim, eu passava minha vida frevando”, confessa.

O frevo também é a força da prpfessora Adriana Lima, que ensina as ciranças os primeiros passos da dança. “Eu fazia apresentações e o dinheiro que recebia dava para minha mãe, para comprar comida. O pouco que eu tenho hoje eu devo ao frevo”, afirma. A professora, atualmente, ensina em duas faculdades e cursa mestrado em cultura popular.

Para cair no passo, a professora só pede uma coisa aos seus alunos. “Quem aprende gratuitamente tem que passar a arte de graça também”, diz. A fé da professora nessa corrente de solidariedade é movida pela paixão à música. “Eu acredito e tenho certeza que o frevo muda a vida das pessoas”, afirma.

PREFEITURA

Mas se o frevo muda a vida de quem dança, a prefeitura parece não seguir o ritmo frenético da dança. De acordo com o secretario executivo de urbanização de Olinda, Henisson Ipólito, apenas em 2010 serão concluídas obras de urbanização na área. “Até setembro e outubro de 2010, todas as ruas da região terão drenagem, abastecimento de água e esgotamento sanitário”.




Da Redação do pe360graus.com

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