Vítima estava acompanhada de uma garota de 13 anos que conseguiu escapar ilesa
João Barconi
Na noite de anteontem, moradores da rua Doutor Luiz Ribeiro, do bairro de Jardim Fragoso, em Olinda, acordaram com um enorme barulho que vinha da residência onde moravam Hélio Henrique Araújo de Abreu, de 22 anos, e a companheira dele, uma garota de apenas 13 anos. Poucos minutos depois, vários tiros são ouvidos, e a menina é vista saindo do imóvel correndo desesperada. Policiais do 1º Batalhão de Polícia Militar foram acionados, e ao chegarem no local, constataram Hélio em estado de óbito, depois de ter sido atingido por tiros. “A população disse que só ouviu os barulhos que vinham do portão da residência que estava sendo arrombada, e logo em seguida escutaram os disparos”, disse o soldado Petrônio do Carmo.
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi ao local para iniciar as investigações e a equipe da Força-Tarefa Metropolitana Norte, responsável pelo caso, conseguiu identificar o paradeiro da garota, que foi testemunha ocular do crime. “Localizamos a menina e fomos conversar com ela. De acordo com o que ela contou, foram dois homens armados e encapuzados que entraram no imóvel procurando por Henrique. Eles mandaram a garota sair e atiraram no rapaz”, informou a delegada Fabiola Costa.
A perícia detalhada do local do crime foi feita pelo Instituto de Criminalística (IC) e foram constatados sete ferimentos à bala no corpo da vítima, sendo que um deles encostado. A perícia também confirmou que tanto o portão quanto a porta de entrada da residência foram arrombadas. De acordo com o levantamento feito pela Polícia Civil, o crime pode ter sido motivado por uma vingança ou por um acerto de contas.
“A vítima estava morando nesta residência fazia apenas 15 dias. Antes disso, ele residia no bairro de Santo Amaro, no Recife. Desconfiamos que o Henrique tenha se envolvido com crimes, e por isso saiu de lá (Santo Amaro) fugado. Certamente ele pode ter se metido em encrencas”, contou a delegada, que analisa a hipótese de o crime ter se tratado de uma execução sumária. O caso foi registrado pelo DHPP e deve ser transferido para a delegacia do distrito que irá concluir as investigações. O corpo de Hélio Henrique foi removido para o Instituto de Medicina Legal (IML).
Folha de Pernambuco - PE
16/01/2009
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