sábado, 17 de janeiro de 2009

Secretaria de Olinda faz coletas para detectar filariose em Peixinhos

Do JC OnLine

A Secretaria de Saúde de Olinda vai realizar a partir da próxima segunda-feira (19) até a quinta-feira (22) coletas de sangue para exame de filasoriose linfática com uma equipe de dez profissionais da Coordenação Municipal de Doenças Endêmicas instalada na Rua do Giriquiti, na comunidade de Azeitona, bairro de Peixinhos. Os profissinais farão o exame "fura dedo" e vão orientar a população. Os exames podem ser feitos das 22h à meia-noite.

A expectativa da secretaria é atender cerca de 1 mil pessoas da localidade, especialmente aquelas com problemas cardíacos, renais, hepáticos e gestantes, a fim de identificar as pessoas contaminadas pela doença e dar subsídios para um tratamento coletivo a ser feito posteriormente no bairro. Crianças a partir de dois anos podem fazer o exame. Os profissionais também estarão oferecendo medicamentos na Rua Giriquiti.

Os resultados dos exames devem ficar prontos em 15 dias. A Secretaria de Saúde será responsável por entregar os resultados positivos aos pacientes para que estes iniciem tratamento. A iniciativa de fazer as coletas foi motivada pelo resultado do inquérito epidemiológico realizado em 1999 pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, com o objetivo de determinar a distribuição dos casos de filariose em Olinda.

Os bairros considerados focos de transmissão da filariose foram Alto da Conquista, Águas Compridas e Alto Sol Nascente, que apresentaram os índices mais elevados da doença - respectivamente, 9,2%, 5,8% e 2,3%. Também apresentaram ocorrências de filariose os bairros Sítio Novo, Salgadinho, Sapucaia, Peixinhos, Aguazina, Caixa D´água e Varadouro (V8 e v9).

DOENÇA - A filariose, muito conhecida como elefantíase, é uma doença causada pela picada de muriçoca infectada com sangue de uma pessoa já doente. A enfermidade não mata, mas causa muitos incômodos porque a pessoa fica com inchaços e deformidades nos braços, orgãos sexuais masculinos, mamas e/ou pernas.

Se a doença for descoberta no ínicio, há possibilidade de cura com o uso de medicamentos que combatem os parasitas presentes no organismo. Para casos em estágio avançado, não há cura, mas o tratamento deve ser feito para que os vermes parem de atuar e os inchaços e deformações não aumentem.

Para prevenir a doença, os ambientes de convívio devem ser conservados limpos, as fossas, vedadas e as canaletas limpas. Além disso, deve-se evitar o acúmulo de água suja e empoçada para manter os mosquitos afastados. Utilizar mosquiteiros nas camas e deixar ventilador ligado na hora de dormir são estratégias para evitar que a muriçoca pique as pessoas.




http://jc.uol.com.br/2009/01/16/not_189616.php

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