domingo, 25 de janeiro de 2009

Tarifas de ônibus e metrô mais caras a partir desta segunda

De Cidades/JC

A partir desta segunda-feira (26), 1,8 milhão de pessoas que utilizam diariamente os ônibus no Grande Recife vão pagar 6,14% a mais pelas passagens. O aumento, definido pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) na última terça-feira, acabou antecipando a cobrança do reajuste do metrô, que só ocorreria dia 1º. O bilhete do sistema de trens agora custa R$ 1,40.

O percentual de aumento das tarifas de ônibus acompanhou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2008, mas ainda está abaixo do que pleiteava o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Setrans-PE): 29,27%. Mesmo assim movimentos sociais e estudantes prometem realizar protestos hoje. No ano passado, as atividades se concentraram na Avenida Conde da Boa Vista.

O reajuste do metrô foi de 7,7%, 1,56% maior que a dos ônibus. Mesmo assim, de acordo com o Metrô do Recife (Metrorec), a tarifa da região metropolitana continuará sendo a mais barata de todos os sistemas metroviários do País. Enquanto o bilhete passou para R$ 1,40, a passagem do sistema de integração, que dá ao usuário direito de utilizar o metrô e o ônibus, aumentou para R$ 1,85 (anel A) e R$ 2,80 (anel B).

Já nos ônibus, a tarifa mais barata passa de R$ 1,15 para R$ 1,20 e a mais cara, de R$ 3,25 para R$ 3,45. O preço do anel A, utilizado por 1,4 milhão de pessoas, ou 78,2% dos passageiros, agora vale R$ 1,85. Já a tarifa S (R$ 0,70), por sugestão do Grande Recife Consórcio de Transporte (antiga EMTU), foi substituída pelo anel G (R$ 1,20).

A única linha que opera com esse valor liga a Praça da Várzea ao Loteamento Nova Morada, na Zona Oeste do Recife. De acordo com o presidente do Grande Recife, Dílson Peixoto, a linha 401 ficou deficitária e com papel secundário depois da inauguração do Terminal Integrado da Várzea, em Caxangá. “Houve uma redução de dois mil para 400 usuários por dia”, justificou na reunião que definiu o reajuste.

Segundo Dílson, o percentual de 6,14% foi o menor possível. Para ele, a única alternativa ao aumento seria o governo e as prefeituras subsidiarem o setor. O secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, descartou a possibilidade de subsídios até a licitação das novas linhas de ônibus.

“Vamos analisar a possibilidade de o governo assumir o custo da gratuidade dos Policiais Militares nos ônibus e a desoneração do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre o óleo diesel”, afirmou na reunião da semana passada.

O secretário prometeu conversar com as prefeituras sobre o assunto. Humberto Costa disse ainda que apresentará um modelo de licitação até abril deste ano.

Dílson Peixoto considerou o reajuste é razoável. “Aplicamos o menor indexador de inflação público, o IPC-A. O percentual é de 5,9% para 2008, pelo IBGE. Mas nossos cálculos são diferentes porque o último aumento de passagem tinha acontecido dia 14 de janeiro do ano passado e o novo reajuste entra em vigor dia 26 próximo. Por isso chegamos a 6,14%.”

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