quinta-feira, 19 de março de 2009

Carta aberta

A cidade que conquista o honroso título de Patrimônio Natural da Humanidade passa a ser guardiã e zeladora do seu acervo histórico. Mas também precisa cuidar do seu acervo ecológico com o mesmo carinho e atenção com que cuida de suas casas históricas, de suas ladeiras, de suas ruas, do seu calçamento etc. Olinda guarda com zelo, com carinho as suas reservas ecológicas? A julgar pela mata do Passarinho, a primeira unidade de conservação ambiental do município e um dos últimos resquícios de mata atlântica da região metropolitana do Recife, não. É preciso deter a degradação e devolvê-la aos moradores, aos estudantes e visitantes da cidade. Não custa muito. São só pouco mais de 11 hectares de um valor simbólico, além de prático, inestimável. E o alunado da rede municipal de ensino precisa voltar a contar com aquele importante laboratório natural. A mata se transformou em lixão e motel a céu aberto, sanitário, lugar para onde algumas religiões afro levam seus despachos. Os vândalos diariamente levam um pouco da mata. A cerca praticamente não existe mais.

Jonas Silva - Olinda

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