domingo, 8 de março de 2009

Iphan com novo endereço em Olinda


Instalações que ocupam parte do convento irá para o antigo Museu do Mamulengo. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

PATRIMÔNIO: Após perder a luta pela posse do Convento Carmelita, instituto vai para casa na Rua do Amparo

Tânia Passos // Diario
taniapassos.pe@diariosassociados.com.br

Depois de uma luta histórica entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os frades carmelitas pela posse do Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Olinda, e a vitória dos carmelitas no ano passado, após 70 anos de reivindicação do monumento, o Iphan de Olinda, que durante esse período, ocupou parte do convento com suas instalações, prepara-se para mudar de endereço. A nova sede do instituto no município será no casarão número 59 da Rua do Amparo, onde funcionava o Museu do Mamulengo - Espaço Tiridá.

O casarão pertence ao Iphan desde 1984, mas estava cedido ao museu. A casa, que havia sido interditada há quatro anos quando começou a apresentar rachaduras nas paredes devido à movimentação do solo na Colina do Amparo, está sendo recuperada para servir de sede do instituto. Além dela, outras três casas de nº 45, 49 e 55, que também foram interditadas na mesma rua, pelo mesmo motivo, estão sendo recuperadas pelo Iphan.Segundo o superintendente da 5ª Regional do Iphan, Frederico Almeida, as três casas, que são de propriedade particular, vão receber reforço estrutural para garantir a estabilidade dos imóveis, que se encontram em uma área histórica. "Serão feitos serviços de drenagem superficial e profunda, colocação de estacas e reforço das fundações", explicou Frederico Almeida.

Já a reforma do casarão do instituto prevê um espaço para atender ao público que se desloca ao local para dar entrada na aprovação de projetos, o próprio escritório do Iphan e uma sala de exposições. "Será também um espaço onde os artistas vão poder expor os trabalhos deles", resssaltou Almeida. A verba para a recuperação das estruturas no valor de R$ 872 mil é do próprio instituto.

Diagnóstico - A recuperação das casas da Rua do Amparo é resultado de uma das recomendações de especialistas da Universidade Federal de Pernambuco, que realizaram um diagnóstico sobre a situação da Colina do Amparo. O principal ponto do diagnóstico é o destino das águas servidas nas residências localizadas na colina e que estão provocando a movimentação do solo. O trabalho, encomendado pela Prefeitura de Olinda, foi concluído no final da gestão anterior, incluindo o projeto executivo. "Estamos agora na fase de captação de recursos", afirmou Maria Lúcia Oliveira, da Diretoria Ambiental do município.

Nenhum comentário: