quinta-feira, 4 de junho de 2009

Igreja cujo teto desabou em Olinda ainda espera providências





Foto: Reprodução / TV Globo

Segundo o administrador da Igreja, Dom Marcelo Gomes, nem o trabalho de escoramento prometido pelo Iphan foi feito

Da Redação do pe360graus.com

Há mais de uma semana, parte do teto da Igreja São João dos Militares, em Olinda, desabou. De acordo com o administrador da Igreja, Dom Marcelo Gomes, foi prometido pelo Iphan um trabalho de escoramento que ainda não foi feito.

Construída há 423 anos para abrigar os primeiros monges beneditinos que chegaram ao Brasil, a Igreja São João dos Militares, no bairro do Amparo, sofre com um problema que atinge a maior parte do Sítio Histórico de Olinda, de acordo com os moradores: o descaso.

"Há locais que, como este, Guadalupe e Rosário, por exemplo, são entregues ao descaso. A Prefeitura só faz questão de manter a fachada do Sítio Histórico, como os Quatro Cantos, Prudente de Morais, Ribeira, para manter o cartão postal", diz o mecânico Marcelo Silva.

Quem vê o telhado, as infiltrações, os escombros, não acredita que o acidente ocorreu há nove dias. "Algumas medidas que eles disseram que seriam tomadas, de escoramento, até agora não foi feito nada", lamenta o padre Marcelo Gomes.

A Prefeitura de Olinda informou que tenta captar recursos para a recuperação da Igreja. "Nós já temos um projeto, através de um parceiro, para recuperação da Igreja há alguns anos. Estamos atualizando esse projeto no orçamento, colocamos ele nas ações emergenciais, para este ano ainda. Além das atividades religiosas que acontecerão na Igreja, também haverá atividade de formação, na área de inglês, informática, para a comunidade do entorno", afirma a secretária de Patrimônio e Cultura de Olinda, Márcia Souto.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no dia seguinte ao acidente, duas empresas fizeram uma vistoria na Igreja e apresentaram o orçamento para as obras, que só devem começar dentro de um mês.

"É um prazo muito longo, inclusive, o tempo que a Igreja ficou sem receber a devida atenção da manutenção. Então esse é um prazo que está se tentanto minimizar o máximo possível para que, dentro dos procedimentos legais, se possa contratar uma empresa para executar um serviço para uma instituição pública", afirma o chefe do escritório do Iphan-Olinda, Fábio Cavalcanti.

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