segunda-feira, 10 de abril de 2017

Juiz determina que sindicato garanta ao menos 30% dos ônibus rodando no Recife

Deu no G1 Pernambuco

O juiz Roberto de Freire Bastos, da 3ª Vara do Trabalho de Olinda, determinou nesta segunda-feira (10) que o Sindicato dos Rodoviários garanta o percentual mínimo de 30% do efetivo da empresa Caxangá para que os ônibus circulem no Grande Recife. Pela manhã, motoristas e cobradores da companhia pararam as atividades em protesto por causa da demissão de 76 profissionais, que foram dispensados entre janeiro e março deste ano, segundo o sindicato.

Na decisão, o juiz ainda determinou que o sindicato se abstenha de impedir o regular funcionamento da empresa, "mediante bloqueio dos portões de acesso tanto para entrada de pessoas ou veículos, quanto para a saída dos mesmos, devendo imediatamente remover possíveis obstáculos, cavaletes e/ou veículos, que dificultem ou bloqueiem o trânsito de trabalhadores, clientes ou veículos da empesa".

Sindicato que representa os empresários, a Urbana-PE apontou, por meio de nota, "que a paralisação foi realizada sem qualquer aviso prévio, que a Rodoviária Caxangá buscou o diálogo com o Sindicato dos Rodoviários, que não demonstrou interesse em qualquer negociação".

No texto, a Urbana aponta ainda que "nenhum cobrador foi demitido em função das alterações de funcionamento de operação das linhas. Os cobradores foram capacitados e aproveitados em outras funções ou realocados para outras linhas. Nos últimos meses, 314 cobradores foram promovidos e 89 estão atualmente em escolas de formação de motoristas".

O G1 tentou sem sucesso entrar em contato com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Benilson Custódio, para saber se a categoria já foi notificada da decisão.

Protesto

Mais de 300 coletivos da Empresa Caxangá deixaram de circular, durante a manhã desta segunda-feira (10), durante protesto dos rodoviários no Grande Recife. Com a paralisação, milhares de passageiros tiveram a rotina modificada desde as 3h30.

Segundo a categoria, a mobilização é realizada, principalmente, por causa da demissão de 76 profissionais, que foram dispensados entre janeiro e março deste ano. As demissões estão ocorrendo por causa da retirada gradativa de cobradores nos coletivos que circulam na capital e Região Metropolitana. Ao todo, 34 linhas de ônibus já circulam exclusivamente com motoristas na região.

Foto: Elysangela Freitas/TRT6

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